O ChatGPT e outras ferramentas de Inteligência Artificial como o Bard do Google ou o Midjourney, Dall-e e outros para geração de imagens, estão sendo utilizadas amplamente pelos profissionais de comunicação de agências e das organizações. Mas um recente estudo realizado pela consultoria E&Y com 1,2 mil CEOs em diversos países revelou a preocupação dos líderes empresariais com a utilização indiscriminada da inteligência artificial. Cerca de 65% concordam que a IA é positiva e traz eficiência aos negócios, mas acreditam que há muito trabalho pela frente para administrar riscos sociais, éticos e legais – de ataques cibernéticos a deepfakes.
Assim como em outras atividades, a IA vem transformando o setor de Comunicação num contexto de muito aprendizado, testes para tentativa e erro, polêmicas e discussões sobre ética, direitos autorais, vazamento de dados, regulamentações e demais. Mas o fato inegável é que a IA vem sendo considerada altamente positiva em termos de ganho de eficiência, produtividade e velocidade das equipes para o atendimento às demandas.
Aspectos como apoio na produção de textos e layout, facilidade em pesquisas de tendências e brainstorm, insights para data driven, resumo de textos e traduções e substituição de atividades rotineiras são apenas alguns dos impactos favoráveis da IA na atividade de Comunicação.
Longe de ser uma onda ou modismo, o fato é que a IA veio para ficar e, tanto agências como as áreas de comunicação das empresas, têm a necessidade urgente de aprimorar seu uso, entender seu potencial (e limitações) e, especialmente, formular e adotar guias de boas práticas para a redução dos riscos do uso indiscriminado e sem treinamento. Além disso, um futuro breve aponta para uma mudança de foco dos profissionais da área, que estarão ainda mais dedicados às estratégias de comunicação, criatividade, revisão e checagem de informações fornecidas pelas ferramentas de IA.
Mas ainda há uma pergunta importante que se faz ao falarmos sobre a IA em Comunicação. Como encaixar os novos profissionais que ingressam na área, em geral para realizar as tarefas rotineiras, e que podem ser substituídos pela Inteligência Artificial. Como vão adquirir experiência para assumirem novas atribuições? Sem dúvidas, as faculdades e as áreas de RH das empresas terão que discutir amplamente este tema para resolver a questão.
Mais Oportunidades do que Riscos
Enquanto as agências de comunicação estudam e testam a IA em seus processos para ganhos de eficiência e produtividade no atendimento aos clientes, as organizações passam pela mesma situação nas suas equipes internas. Neste momento, a parceria estabelecida entre ambos assume papel relevante em que a ética e transparência surgem como pilares na relação. Os riscos do mau uso devem ser evitados e as boas práticas devem ser compartilhadas. Os clientes também devem estar cientes de que as agências estão utilizando a IA para aumentar a velocidade das entregas.
Talvez, com o uso massivo das ferramentas e com as questões éticas e regulamentações solucionadas, a IA seja incorporada às rotinas como qualquer processo de automação. E automação nunca na história significou substituição do homem. É esperada uma natural redefinição nas relações de trabalho e nas exigências de skills.
A boa notícia é que o ser humano continua a ter o domínio do pensar, sentir e transmitir emoções. Portanto, a inteligência humana nos permite entender o potencial da IA, usá-la a nosso favor e trabalhar as resistências. Quem ficar de fora deste processo, infelizmente vai ficar para trás.
Quer saber como a ADS adota a Inteligência Artificial de forma ética e responsável e atua em parceria com os clientes na sua implementação? Entre em contato!